A religião sempre teve um papel fundamental na formação da sociedade brasileira. Desde a colonização, valores religiosos, especialmente do Catolicismo Romano, ajudaram a moldar a forma como o país se desenvolveu, influenciando ideias de justiça e respeito.
No início, o Brasil era um Estado confessional, o que significa que tinha uma religião oficial: o Catolicismo. Isso começou em 1500, com a primeira missa no país, e foi oficializado na Constituição do Império de 1824. Embora outras religiões pudessem existir, elas enfrentavam muitas limitações.
Com a Proclamação da República, em 1890, o Brasil se transformou em um Estado laico. Isso quer dizer que o governo não pode apoiar ou atrapalhar nenhuma religião, garantindo a liberdade de culto para todos. Esse foi um passo muito importante para separar a religião do governo.
A Constituição de 1988 reforçou essa ideia, confirmando que o Brasil é um Estado laico colaborativo. Ela proíbe o governo de financiar religiões, mas permite que o Estado e as religiões trabalhem juntos em projetos importantes para a sociedade, como ações sociais e educação.
Exemplo no dia a dia
Imagine uma escola com alunos de várias religiões, como católicos, evangélicos, umbandistas, espíritas e outras. O Estado laico garante que nenhuma religião seja preferida. Todos têm o direito de expressar suas crenças, desde que respeitem os outros. A escola pode até mesmo criar projetos voluntários onde alunos de diferentes religiões trabalham juntos para ajudar a comunidade, sem dar favoritismo a nenhuma crença em particular.