Crise nos bastidores: Flávio Dino deixa de seguir Felipe Camarão

Um gesto simples, mas carregado de significado político, chamou atenção nos bastidores do poder: o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino deixou de seguir o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), no Instagram.

O rompimento virtual entre os dois antigos aliados ocorre em meio a um momento conturbado, marcado por suspeitas que rondam o entorno de Camarão.

Felipe foi um dos principais auxiliares de Dino durante sua gestão no Governo do Maranhão, quando ocupou cargos estratégicos, como secretário de Educação, secretário de Governo, secretário de Cultura e também presidente da Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB).

Era considerado um dos homens de confiança do então governador e chegou a ser apontado como um dos nomes preferidos de Dino para dar continuidade ao projeto político que se iniciou em 2015.

Mas o cenário mudou. Fontes ouvidas indicam que Dino teria se afastado politicamente de Camarão após o surgimento de investigações que apuram um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo policiais militares que atuaram na segurança do vice-governador e familiares dele.

O caso, revelado por investigações em curso, teria causado desconforto em Brasília e no próprio grupo político que ainda orbita em torno do ministro.

Além disso, chama atenção que Flávio Dino ainda segue em suas redes sociais alguns de seus ex-auxiliares mais próximos, entre eles: Marcos Pacheco — então secretário de Saúde; Larissa Abdalla — então diretora do Detran/MA; Cynthia Mota - então secretária de Planejamento; e Antônio Nunes — então secretário de Governo.

Enquanto Flávio Dino mantém vínculos públicos com outros nomes de sua administração, ele opta por romper o link — ao menos nas redes sociais — com Felipe Camarão. Isso alimenta interpretações de que o afastamento vai além de uma mera desatenção digital e pode sinalizar um distanciamento político consciente.

Dino, conhecido por ser criterioso com a imagem pública, sempre procurou evitar associações com qualquer figura política envolvida em suspeitas de corrupção. Por isso, o distanciamento público — evidenciado nas redes sociais — é visto por aliados como um sinal claro de desconforto e de tentativa de preservar sua reputação, sobretudo após sua ascensão ao STF.

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Fonte: blog do Luís Pablo

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