POR JACINTO JÚNIOR: MARINA, MARINA EU TE PINTEI

A história sempre tem razão…

O povo brasileiro ainda não compreendeu a verdadeira filosofia ‘dançante’ que está por trás do discurso da “velha política” disseminado pela candidata presidenciável Marina Silva. Mas é interessante fazer alguns esclarecimentos essenciais para que se possa ter a imediata dimensão do que simboliza o pragmatismo político tocado por ela a todo vapor e que está impressionando os incautos.

Primeiro elemento:

• Marina é autoritária e resiliente. Em 24 horas gerou uma crise de identidade e, ao mesmo tempo, já demonstrou todo seu malabarismo vocabular para não perder apoio de determinados segmentos sociais, especialmente, no que tange aos direitos humanos;
• Em seu programa de governo não prioriza o pré-sal, apenas descreve em uma linha a sua política neste setor num calhamaço de mais de 200 páginas;
• Contraditória, escorregadia e, sobretudo, falsa; pois, não responde com evidencias e nem explica a presença de elementos reacionários dos setores dominantes compondo sua chapa e a apoiando (como o seu vice, que, inclusive, tivera um intenso debate com ela no período da aprovação do Código Florestal – ela ainda, Ministra de Lula -, dos setores do agronegócio, dos banqueiros e especuladores);
• Marina é a encarnação de Janio Quadros às avessas.
• A sua concepção de elite é totalmente equivocada, promove uma salada entre os personagens aponto de confundir a opinião pública entre o que é ser elite e o que é ser originário da classe trabalhadora (caso de Chico Mendes); é um completo vitupério;
• Os teóricos que elaboraram o seu programa de governo são, em sua maioria, membros da equipe de FHC (dos conhecidos e proscritos defensores da política do neoliberalismo que destroçou toda a Europa e União Européia com exceção da Alemanha). Não diferença entre o programa de Marina em relação ao do Aécio Neves, ambos são a mesma pincelada sintética da redução do estado, desemprego em massa, arrocho salarial, desaquecimento da indústria e, principalmente, o retorno dos juros altos, tendo como simbiose o mercado ditando a economia especulativa.
• Marina será uma espécie de alvejante da elite dominante que anseia retornar ao poder central para recuperar a ‘década perdida’ que não lhe deu as benesses costumeiras.

Vejamos, agora, alguns dados concretos sobre as conseqüências de um modelo político menos perverso e injusto nesse período de Lula-Dilma (2002 – 2014):

ü  A redistribuição de renda colocou na economia brasileira 36 milhões de brasileiros que estavam na mais absoluta pobreza (miséria absoluta) surgiu, assim, a nova classe média;

ü  Na educação, o governo Lula-Dilma juntos construíram 422 escolas técnicas, enquanto que, Sarney fez 13; Collor de Mello, 3; Itamar Franco, 27; e FHC, 11. Nota-se o quanto eram preocupados esses governos com o caráter e desenvolvimento da educação em nosso país;

ü  A extração do Petróleo cresceu 14,9% em julho ao mesmo período do ano passado; somente na área pré-sal, a produção aumentou em 62% concorrendo para um novo recorde nacional, agora com 2,667 milhões de barris/dia.

ü  Redução da pobreza crônica de 6,7% para 1,6%, entre 2004 a 2012, isso, significa uma proporção de 76% na queda população pobre. Informação dada pelo próprio Banco Mundial numa palestra fornecida a alguns especialistas.

OUTROS DADOS IMPORTANTES QUE NORTEIAM A PRESIDENCIÁVEL MARINA SILVA

 A fada Marina que tanto critica a “velha política” e propõe uma nova política, está em parafuso. Para a elite ela é a válvula de escape para conseguirem recuperar o poder e, em seguida, convocar o FMI e Banco Mundial para direcionar a macroeconomia brasileira com um detalhe fulgurante: a aquisição do pré-sal como presente.

Marina condena a corrupção, contudo, está cercada pelos maiores devedores do país: a Rede Globo, o Banco Itaú e a empresa de cosméticos Natura, sabem quanto cada um deve à Receita Federal?

Vamos às cifras diminutas:

• Rede Globo: R$ 738 milhões;
• Banco Itaú: R$ 18,7 bilhões;
• Natura: R$ 268 milhões.

Ora, essa é, portanto, a nova política de Marina Silva para o Brasil combater a “velha política”? Há, efetivamente, uma coisa errada nesse processo, você eleitor é capaz de decifrar esse cômico erro de Marina?