O jovem Luciano de Oliveira, 28 anos, vem realizando um grande trabalho humanitário em Coroatá, que ele mesmo denominou de projeto “Vida Nova”. Luciano era usuário de drogas e há mais de 5 anos deixou o uso do crack, agora dedica-se a ajudar outras pessoas.
“Tudo começou nas brincadeiras, nas bebedeiras, nas badaladas, me envolvi com drogas, com o crack e o crack destruiu a minha vida como destrói aquele que entra nele. O problema do cara não é a droga, o problema é a falta de caráter que o cara tem que criar dentro de si para querer ser uma pessoa cada vez melhor, ser útil pra família, pra sociedade”, disse.
CRIADA PARA AJUDAR O PRÓXIMO
Associação Vida Nova funciona desde o dia 28 de fevereiro de 2012. É totalmente documentada, apta para ser conveniada com qualquer governo ou instituição, com atividades pré-definidas:
Atividades de associação de defesa de Direitos Sociais
Atividades de organizações associativas ligadas à cultura e à arte
Atividades de assistência social prestada em residências coletivas e particulares, dentre outras.
“O projeto Vida Nova é um projeto que foi fundado a partir do momento em que eu consegui sair [da droga], esse projeto foi para ocupar a minha mente. Eu entrei com sinceridade pra ocupar a minha mente. No início era um projeto só para visitas na casa de usuários e familiares que sofrem com este problema, depois surgiu a ideia de abrir um centro de recuperação que foi aberto no dia 28 de fevereiro de 2012”, explicou Luciano.
Desde que foi criado, quase 80 pessoas já passaram pelo centro de recuperação que funciona numa fazenda na zona rural de Timbiras. Segundo ele, a prefeitura teria se responsabilizado pelo pagamento de uma espécie de aluguel da fazenda, mas até agora não fez os repasses acertados com o dono que o tem pressionado para acabar com a assistência que lá funciona.
“Hoje estamos com 10 pessoas dentro do centro de recuperação que já estão com alguns meses de tempo lá dentro, que tão bem, que já podem falar e dar testemunhos de suas vidas, mas já passaram por lá quase 80 pessoas”, afirmou.
PEDINDO PARA SALVAR VIDAS
A vida de Luciano não é fácil. Sem ajuda financeira de ninguém, ele anda com diversas fotos que o mostram pedindo em feiras, lojas, supermercados e casas, dinheiro e alimentos para sustentar sua ideia. Agradece à todos que lhe estendem a mão diariamente, mas também se reclama dos que o tratam mal.
“Gratificante porque, quando eu chego tem alguém que realmente acredita, ver as imagens, ver as fotos e doa, fico feliz. Mas a gente ouve muito – eu não vou sustentar um vagabundo, malandro, ele está nas drogas porque ele quer. Pode até ter entrado, mas na hora de sair a própria sociedade empurra ele pra droga porque não estende a mão, não ajuda”.
“Eu faço é pedir, chego, sem vergonha nenhuma na cara porque eu não vou ter vergonha de ajudar o meu irmão, chego peço, mostro as fotos, digo que estou precisando de ajuda e ali alguém me dá R$ 10, R$ 20, R$ 30 e, assim, vou tentando manter da forma que posso o centro de recuperação”, concluiu.
Bem definido em seus intentos como ser humano nutre a esperança de receber ajuda governamental, seja ela que esfera for (estadual, municipal ou federal) para não abandonar, sobretudo, as centenas de coroataenses que precisam do VIDA NOVA.
“Eu creio que os órgãos municipais ou estaduais que forem ler esta matéria, creio que vão se sensibilizar com a causa e se eles não acharem pouco eu convido eles para visitarem o centro de recuperação pra ver como funciona, porque só as fotos já dizem muito ainda mais vendo como lá existe pessoas que precisam da ajuda deles, tenho certeza que quem tem coração vai se sensibilizar’, disse.
Luciano de Oliveira informou que o telefone dele é (99) 8241-6094 por meio do qual está aberto para receber ajuda e novos internos.
Fonte Coroatá Online