É natural que numa eleição majoritária qualquer político queira o maior número de partidos no seu palanque e o maior número de apoio de lideranças políticas, mas também é fundamental, principalmente para quem promete fazer uma política diferente, saber escolher esses aliados e passar segurança aos partidos políticos.
No entanto, o candidato do PCdoB ao Governo do Maranhão, o presidente da Embratur, Flávio Dino, com sua postura dúbia, não tem tido nenhuma dessas preocupações e começa a sofrer as consequências
Dino não tem “escolhido” aliado e tende a se juntar com o que ele mesmo considerava de mais atrasado no Maranhão, como o ex-prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB). Agindo assim, Dino novamente demonstra que não é diferente dos demais políticos do Maranhão e que para chegar ao poder é capaz de tudo, inclusive passar por cima de suas próprias convicções.
Com relação aos partidos políticos, Dino ainda não conseguiu entender que será impossível ter no seu palanque PSB, PSDB e PDT. Todos já afirmaram que querem vaga na majoritária, mas Dino só tem duas vagas para oferecer.
Além disso, essa insegurança passada pela postura dúbia de Dino, tem feito os partidos políticos a procurarem outras alternativas.
O PSB, através de Eduardo Campos, já deixou claro que não irá aceitar dividir palanque aqui no Maranhão, muito menos com a atual presidente Dilma Rousseff (PT). Com isso, Dino terá que decidir se vai com Dilma, que apoiará o PMDB, ou vai com Eduardo Campos. Precavido com a postura dúbia de Dino, Eduardo Campos já sinaliza apoio a candidatura de Eliziane Gama (PPS).
O PDT já tem demonstrado descontentamento público com tal postura de Flávio Dino. O presidente nacional do partido, Carlos Lupi, já afirmou que o PDT só apoiará Dino se o acordo firmado em 2012 for cumprido. Precavido com a indecisão do comunista, o PDT já ameaça lançar candidatura própria ou até mesmo apoiar outro candidato. A situação, já tensa, tende a piorar com a declaração da deputada estadual Gardênia Castelo.
Por essa postura dúbia é que Flávio Dino vai complicando a sua eleição, que até “ontem” eram favas contadas, pelo menos para a Oposição.
Fonte Jorge Aragão