Dos últimos anos para cá, é possível perceber o crescimento de novos cursos técnicos e profissionalizantes no Brasil, bem como o aumento de vagas em universidades. A longo prazo, isso tem significado mais mão de obra para o mercado de trabalho e também o aumento de pessoas qualificadas em busca da formação de seu próprio negócio.
Somando-se a isso o aquecimento da economia no Nordeste, tem-se como resultado um número cada vez maior de novos protagonistas no cenário do empreendedorismo nacional: mulheres e universitários. Em todo o país, a quantidade de mulheres que deu início a novas empresas aumentou em mais de um milhão na última década. Em 2001, 5,8 milhões de mulheres estavam à frente do próprio negócio, de acordo com a Pesquisa Nacional de Amostragem à Domicílio (PNAD). Dez anos depois, o mesmo estudo comprovou: agora, já são 7 milhões de brasileiras comandando as próprias empresas.
No Nordeste, o cenário também é bastante promissor e 62,7% dos empreendimentos da região têm início devido à constatação de que é possível ter sucesso no lugar com o próprio negócio. Para os especialistas, isso se chama “empreendedorismo por oportunidade” e, segundo dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), a taxa de negócios assim subiu para 71%.
Os universitários são responsáveis por uma boa fatia dos novos empreendimentos e o número de pessoas entre 18 e 34 anos que abriram o próprio negócio no país já representa 52% do total de acordo com a mesma pesquisa do GEM. Em Codó, muitos jovens enxergam na abertura do empreendimento próprio uma oportunidade de ir mais longe, ainda que começando aos poucos.
Para capacitar esse novo público empreendedor, não faltam cursos profissionalizantes e orientações bem direcionadas de especialistas. No próprio Sebrae e em oficinas realizadas por diferentes universidades é possível encontrar o melhor caminho a se seguir. A Internet também é fonte rica de informações sobre o tema e existem, inclusive, softwares de gestão disponíveis para ajudar o novo empreendedor nessa jornada.
Reunidos, todos esses fatores mostram que, aos poucos, um novo cenário da economia nacional está se formando, com mais oportunidades em todos os níveis.
Por Patrícia Sousa