Os alunos do curso de Agroindústria da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) de São João dos Patos participaram do Diálogos pelo Maranhão neste sábado (11). Eles conversaram com Flávio Dino, coordenador do movimento, sobre a falta de infraestrutura da instituição de ensino superior na cidade.
Segundo os universitários, as aulas dos cursos são ministradas em salas de uma escola particular e também nas instalações do Instituto Federal (Ifma). A falta de condições adequadas para o estudo foi determinante para que alguns alunos deixassem o curso. A primeira turma teve início no segundo semestre de 2012 com 30 alunos e hoje a turma segue com 23 estudantes. “Não temos prédio, não temos material didático, não temos cadeiras, temos apenas três professores. É um curso de extrema importância pra região, mas que não tem incentivo. Pedimos que dividam a atenção dos cursos da capital como os do interior”, contou Gilberto Alves Júnior, que estava acompanhado de outros sete alunos da turma.
A falta de ações do Governo do Estado fez parte do discurso de outros moradores da região. A população participou de forma ativa das discussões sobre São João dos Patos. Empresários, lavradores, lideranças políticas, sindicalistas, trabalhadores rurais estiveram presentes no Diálogos para contribuir com o processo de mudança do Maranhão.
“O pedido de São João Batista é o pedido do Maranhão: pela saúde, que é um caos porque as pessoas não têm onde se tratar; não têm estrada vicinal, o asfalto das MAs não tem qualidade; na educação, os alunos ainda andam de pau de arara. É lamentável a situação da agricultura familiar que é desenvolvida em 25% do território e atende 70% da população. Temos a Barragem da Boa Esperança, mas o governo nunca ajudou a pesca com um anzol. Aqui não chega desenvolvimento, só chega propaganda”, disse o vereador Tio Jardel.