
Esta semana a Vereadora Maria Paz (PV) concedeu entrevista ao repórter Francisco Oliveira para uma série de reportagens especiais sobre o Dia Internacional da Mulher. A série veiculará entrevistas com mulheres de diversos setores da sociedade codoense e seus respectivos pontos de vista sobre o papel da mulher na vida contemporânea.
No início da entrevista, o reporte questionou o histórico da baixa presença feminina na política codoense. “O que a senhora acha que aconteceu? Há um desinteresse das mulheres pela política?”. Perguntou o repórter. A parlamentar explicou que uma das dificuldades seria o número de vagas para representação na Câmara Municipal e que com uma população de 120 mil habitantes o parlamento codoense já poderia contar com 17 vereadores.
“Já chegamos a ter duas representantes em outra época. Acredito que o aumento do número de vagas na câmara poderá possibilitar um aumento significativo das representantes femininas na Casa do Povo. Também tenho plena certeza que o espaço da mulher na política codoense irá aumentar de forma expressiva, assim como seu papel na política irá amadurecer e se fortalecer nos próximos anos. Apesar de ser ainda modesta a presença feminina na política, hoje temos uma mulher no governo do Maranhão e na presidência de nosso país”. Lembrou.
A edil ainda lembrou que as conquistas femininas na esfera política ainda não levaram as mulheres a ganhar espaço suficiente, mas que para chegar ao seu ponto ideal a luta têm que continuar. “Sinto-me muito orgulhosa de poder representar as mulheres no parlamento codoense e o que mais gosto nesse trabalho é o contato com o povo. Nunca encontrei dificuldade para me relacionar com todos os setores de nossa sociedade, dos mais humildes aos mais abastados. É nessa facilidade de relacionamento que me alicerço para poder realiza meu trabalho e contribuir para o crescimento da nossa cidade”. Finalizou.
Veja alguns números sobre a mulher na política
As mulheres passaram a poder votar em 1932 por meio de um decreto assinado pelo então presidente Getúlio Vargas. Essa, no entanto, foi uma vitória parcial. O Código Eleitoral daquele ano permitia apenas que mulheres casadas (com autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria pudessem votar. Houve algumas mudanças em 1934, mas o voto feminino, sem restrições, só mesmo em 1946, quando ele passou a ser obrigatório.
Hoje, apesar da eleição de Dilma Rousseff para a Presidência da República, a representatividade feminina tanto na Câmara como no Senado ainda é pequena. Dos 513 deputados, apenas 46 são mulheres; dos 81 senadores, 10 são mulheres. Nas Câmaras Municipais elas são cerca de 12% dos vereadores. Após as eleições de 2008: em apenas 17 municípios brasileiros, dos mais de 5 mil, as mulheres conquistaram a maioria na Câmara.
Em 2009, o Congresso conseguiu aprovar uma minireforma que proporcionou alguns avanços. A primeira foi assegurar a obrigatoriedade de preencher com, no mínimo, 30% de mulheres as candidaturas de cada sigla. Também foi conquistada a reserva de 5% do fundo partidário para capacitação e formação de mulheres.
Ascom/Vereadora Maria Paz